Em junho de 2020, por meio da articulação de diversos setores da UFMG pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), foi lançado o Programa Integração Docente, objetivando mobilizar a sua comunidade acadêmica para viabilizar a implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE). O ERE foi a alternativa possível para a retomada do ano letivo de 2020 e manutenção do vínculo, garantindo a continuidade do processo ensino-aprendizagem dos estudantes nos 91 cursos de graduação da UFMG. Para tal, diversas ações, voltadas principalmente para apoio dos docentes da Universidade, foram realizadas. Dado o alcance do programa e seu sucesso, ele passa a fazer parte da agenda da UFMG como espaço para o fortalecimento e discussão sobre as práticas de ensino, indo além do Ensino Remoto Emergencial.
INTRODUÇÃO
Em março de 2020, em função da pandemia de Covid-19 e suas consequências, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu pela suspensão das atividades presenciais, incluindo as aulas dos cursos de graduação e pós-graduação da instituição. Diante disso, a universidade precisou mobilizar a sua comunidade acadêmica para viabilizar a implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE). O ERE foi a alternativa possível para a retomada do ano letivo e manutenção do vínculo, garantindo a continuidade do processo ensino-aprendizagem dos estudantes nos 91 cursos de graduação da UFMG, nos quais estão matriculados mais de 34.000 estudantes. Cabe destacar que para implementação do ERE, a Universidade investiu em um amplo programa de inclusão digital para os estudantes em situação de vulnerabilidade, viabilizando para cerca de 6 mil estudantes o acesso à computadores ou à internet. Nesse contexto, o Programa Integração Docente foi instituído em abril de 2020, por meio da articulação da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFMG com diversos setores internos, com o objetivo de apresentar as principais ferramentas e metodologias utilizadas pelo ensino a distância à comunidade acadêmica e responder à demanda de formação dos docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da UFMG para atuação no ERE. O Programa, coordenado pela Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (Giz) da Prograd, pelo Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) e pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), envolve a participação de diversos órgãos e instâncias da UFMG, como a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom), Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), que reuniram as suas competências para oferecer, aos professores da Universidade, fóruns, oficinas, cursos, webinars e outras ações virtuais de apoio ao uso de tecnologias digitais no ensino.
DESENVOLVIMENTO
O Programa promoveu, ao longo do ano letivo de 2020, 19 fóruns e 12 webinars para toda comunidade da UFMG e público externo interessado. No primeiro período letivo de 2021, continuaram sendo realizados fóruns, totalizando 23 até o presente momento. Além disso, ofereceu atividades formativas a 850 professores e 600 estudantes, por meio de oficinas e minicursos. Também foram publicados, no site do Programa, diversos tutoriais e guias, na maior parte elaborados por docentes da UFMG. Entre os documentos disponibilizados para livre acesso destacam-se os guias: Diretrizes e Orientações sobre o Ensino Remoto Emergencial na UFMG e Acessibilidade no Ensino Remoto. Recentemente, foi publicado o Guia para o Ensino Híbrido Emergencial, objetivando uma gradual e segura introdução das atividades presenciais de ensino de graduação, de acordo com legislação vigente e orientações dos órgãos deliberativos superiores da Universidade. Diante dessas diversas opções, é possível considerar que os mais de 3.200 docentes da UFMG tiveram acesso a alguma atividade formativa, assim como professores de outras universidades e da educação básica que puderam acompanhar as atividades disponibilizadas por meio de fóruns e webinars, que até o momento somam cerca de 80 mil visualizações. Nessa nova fase, que vai além do ERE, a continuará promovendo ações para fortalecer a cultura de autoavaliação, planejamento e trabalho coletivo no cotidiano das unidades, articulando professores, estudantes e TAEs nas estruturas já existentes ou criando outras organizações que sejam potenciais para o aprimoramento do ensino de graduação.
CONCLUSÃO
No contexto do ERE, foi possível observar uma ampla apropriação de recursos tecnológicos no ensino e de novas práticas pedagógicas pela comunidade acadêmica. Nesse sentido, o Programa Integração Docente consolidou-se como um espaço de formação, diálogo, integração, troca de experiências e discussão sobre as práticas de ensino. Ao longo de 2021, continuam sendo oferecidas ações formativas e promovidas atividades de socialização das experiências de ensino realizadas nos diversos cursos, com foco na migração do regime remoto para o ensino híbrido emergencial (EHE). As ações do programa têm enriquecido as práticas pedagógicas e ampliado o cenário educativo no cotidiano da Universidade.
